«Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração»

E um nada, uma imaginação, uma palavra seca que nos disseram, uma falta de acolhimento caloroso, uma pequena recusa, apenas o pensamento de que não nos têm em grande conta ― tudo isso nos fere e nos indispõe de um modo que não podemos vencer! O amor próprio nos liga a essas feridas imaginárias, que não saberíamos tirar, estão sempre presentes, e porquê? É porque se está cativo dessa paixão. Que é que nos prende? Estamos nós na «liberdade dos filhos de Deus»? (Rom 8,21) Ou estamos ligados aos bens, aos caprichos, ás honras?
Ó Salvador, abriste-nos a porta da liberdade, ensinaste-nos a encontrá-la. Faz-nos conhecer a importância deste privilégio, faz-nos recorrer a vós para aí chegarmos. Ilumina-nos, meu Salvador, para ver a que é que estamos apegados, e põe-nos, se for do teu agrado, na liberdade dos filhos de Deus.
S. Vicente de Paulo (1581-1660), fundador de comunidades religiosas:
Conferência sobre a indiferença, 16 de Maio 1659
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